A palavra do Advento tem o mesmo significado que «vinda».
O advento prepara a «vinda» do Senhor.
Em cada tempo litúrgico ou em cada festa, «a Santa Igreja celebra a obra salvadora de Cristo» (M.R. n.º1), num tríplice plano: no passado, no presente, no futuro.
Deste modo, as assembleias cristãs que se reúnem no Advento celebram:
1.º) A vinda na carne do Filho de Deus e o nascimento em Belém, no tempo do Imperador César Augusto, d’Aquele que os Profetas anunciaram ao povo de Israel como o Messias.
2.º) A presença misteriosa, viva, actuante de Cristo na Sua Igreja, assembleia cristã e no testamento dos baptizados, intervindo, por Ela, na história dos homens e penetrando, progressivamente, por intermédio dela, no mundo.
3.º) A vinda gloriosa de Cristo (a «Parusia») no fim dos tempos, em que conheceremos, plenamente o Seu amor, o esplendor do nosso destino e em que verificaremos com a história humana tão marcada pelas lágrimas e pelo sofrimento, termina num êxito total.
Os Evangelhos dos quatro Domingos do Advento, em todos os ciclos, referem-se à segunda vinda do Senhor (I Dom.) como termo final e definitivo da nossa libertação; a João Baptista (II e III Dom.) como precursor da anunciada salvação e pregador das disposições pessoais, requeridas, pela aceitação da salvação; e aos acontecimentos que prepararam, de maneira próxima, o Nascimento do Salvador, nos quais ocupa lugar tão importante, Maria, Mãe de Jesus (IV Dom.).
Na liturgia do Advento, duas grandes figuras nos são apresentadas como guias e modelos a seguir, na preparação do Natal:
- João Baptista, o percursor de Jesus (aquele que vai à frente…), cuja pregação é um convite à conversão, como indispensável condição para a salvação;
- A Virgem Maria, «a serva do Senhor», que se entregou, plenamente, à Sua vontade e esperou, na alegria, a Sua vinda ao mundo.